No quarto
Os ponteiros da memória gritam
Giram lágrimas gritantes
O meu retrato é cínico.
As vozes empurram-me o ombro.
Choro sozinho e perdido...
Ah, preciso de um abrigo !
Preciso de saltar-me.
Mergulhar, sorrir...
Quero ouvir...
Ah, memória,
Deixa-me partir !
Já só oiço a morte.
No meu braço pálido acontecem relâmpagos escuros,
Segredos obscuros.
A morte é um corte !
Ele sai para cima,
O braço pende
A cabeça vive
A sorte comete-se
Igor Silva, 10/01/2012
A ressurreição deu sorriso nasceu com o dia
ResponderEliminarAh este inverno que abraça a primavera
Este céu que arroxa meu peito
Estas negras pedras plantadas na terra
O curso do meu errante espirito
Levou-me ao infinito e ao incomensurável
Este orvalho das pequenas coisas
Recorta meu corpo a golpe de cisel
Ocultei meus sonhos numa porta da eternidade
Porque o desespero é voo baixo e sinuoso
Vi ontem dois amantes jurarem uma partilha de vida
Vi olhos que irradiam luz em gesto assombroso
Um imenso abraço
Excelente!
ResponderEliminarAbraço