quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Céu

E, quando o laranja do céu brilhou
Vento levou suas flores voar
Aves cantaram, rejubilaram
Insectos incutiram o som
Nada mais ficou

Ficou sim o observar do som
O estender da terra
O ocupar do mar

E, nada mais ficaria por ali
Tudo parecia ter cor
As ervas verdes, a tua face cor de esperança,
E, sem mais esquecer, o sempre laranja do céu

Mas queria-se mais,
Queria-se a cor do fugir
Tudo parecia correr, nada parecia ficar
Mesmo o caracol, que, afugadamente caminhava sobre o tronco de uma oliveira

Que se passava?
A Natureza mudara de rumo ?
Não,
Tudo ficara, ninguém mais saltara,
Nesta senil, solidão

Procurava-se mais,
A ambição subira à terra
Ninguém queria ficar como estava e onde estava
Partiram todos numa estrada sem alcatrão

Muitos voltarão?
Nunca saberão o que perderam,
A vontade estrangulou-os
A nós, gente,
A vós,
Terra


Igor Silva, 1 de Maio de 2011

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