E, quando o laranja do céu brilhou
Vento levou suas flores voar
Aves cantaram, rejubilaram
Insectos incutiram o som
Nada mais ficou
Ficou sim o observar do som
O estender da terra
O ocupar do mar
E, nada mais ficaria por ali
Tudo parecia ter cor
As ervas verdes, a tua face cor de esperança,
E, sem mais esquecer, o sempre laranja do céu
Mas queria-se mais,
Queria-se a cor do fugir
Tudo parecia correr, nada parecia ficar
Mesmo o caracol, que, afugadamente caminhava sobre o tronco de uma oliveira
Que se passava?
A Natureza mudara de rumo ?
Não,
Tudo ficara, ninguém mais saltara,
Nesta senil, solidão
Procurava-se mais,
A ambição subira à terra
Ninguém queria ficar como estava e onde estava
Partiram todos numa estrada sem alcatrão
Muitos voltarão?
Nunca saberão o que perderam,
A vontade estrangulou-os
A nós, gente,
A vós,
Terra
Igor Silva, 1 de Maio de 2011
Sem comentários:
Enviar um comentário